Blog da Augusta

Andando por essas estradas, eu me transporto no tempo espaço e encontro sabedoria pura. Casa de adobe pintadinha com cal, a porta de madeira, entre as duas janelas quadradas com trancas de tramela, esta aberta. No banquinho de madeira rústica, à frente da casa,  a mulher esta sentada observando a vida. Dona Maria Das “Dô”. Ela me chama “prum” café. Eu vou. Café com bolo e broa de fubá - “Discurrpa”, só tem isso! – diz, sem jeito. - “Ma” eu sei que “cê” gosta. Hummmmmm... broa de fubá. Amo de paixão. Ela sabe e me convida. É hospitalidade mineira da mais fina flor. É jeito mineiro de olhar a vida que passa na janela. É jeito mineiro de fazer a vida que não escapa pela janela. Na arrogância das minhas crises “urbanoides”, sempre me perguntava o que aquelas pessoas faziam da vida. Nada, eu pensava. Depois de muitas idas e vindas de mato em mato, de trilha em trilha, de cidadezinha em cidadezinha, de hospitalidade em

Montanhas, vales, florestas, rios. Geografia. Encostas, costas, fendas, lendas. Anatomia. Desejo... devasso, travesso, brincalhão, resvaladiço, libidinoso. Corpo ardendo, vibrando, sedento. Olhares. Provocação. Cheiro, faro. Sedução. Toque. Perdição. Nuca, costas. Encrespação. Perna, mão, formas. Atração. Lábios, boca, seios. Excitação. Reigada. Instigação. Galáxia pélvica. Lascívia ondulação. Inspiração, respiração. Incitação. Entonação  Instigação. Transpiração, conspiração carnal, clímax ... relaxação. MATNAL

Bem, não sei vocês, mas eu cansei de abrir os jornais, ligar a TV e só ver acidente,  matança, roubo e coisas do gênero. Optei por colocar minha energia em outras coisas; eu quero ajudar a vibrar coisas mais legais, mais interessantes, mais alegres, mais vivas, mais divinas, mais essenciais, mais vitais pra mim e pro mundo que esta ao meu alcance. Os cientistas já descobriram os tais “neurônios-espelho”, células nervosas do nosso sistema nervoso que nos fazem aprender pela imitação. Pois bem... Quero poupar meus neurônios-espelho, ou melhor, quero dar mais qualidade de vida para eles e, consequentemente, para mim também. Prefiro saber de algumas coisas, simplesmente de passagem, sem dar tanta ênfase. É legal saber o que esta acontecendo no “mundo”, mas determinadas notícias, eu penso que deveriam vir em letras minúsculas, num final de página, quase caindo da folha, sem imagem. Apenas para a gente ficar sabendo o que aconteceu, se quiser, e pronto. A idei

João amava Maria na água, na via. João propôs a Maria na casa vazia. A porta batia, o lustre caía. Perfeição não cabia. Privacidade, Intimidade. Medo ela sentia. João calava Maria. O prato ela fazia, a água bebia, a palavra sumia. João amava Maria enquanto o sol surgia. MATNAL