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Mostrando postagens de junho, 2015

NEM MAIS UM SEGUNDO

Nem mais um segundo de tanta dor,  nem de tanto sofrimento. Chega das noticias sangue, medo, perda, cárcere e destruição. Quero gritar aos quatro cantos, que o botão de rosa desabrochou, e que a margarida se abriu em cor. Quero sentir e dizer do frescor das ervas:  hortelã,  melissa, tomilho,  orégano,  bálsamo,  boldo e  camomila. Quero apenas o beija-flor sugando,  durante a troca com o camarão. I nvasão,  só a do meu quarto,  pela luz do sol. Inundação,  só a da música suave e tranquila,  casa a dentro. Sangue,  só o da mulher que se refaz feminina a cada mês.    MATNAL

GRAVIDEZ

Desejo mais desejo. Desejos unidos, idos, ditos, não ditos, quem sabe nem vistos. Desejos sentidos. Desejos claros. Desejos escuros. Eu desejo. Tu desejas. E ela sempre vem pelo desejo. Deseja-se sempre, não importa pra que. Indesejada, não!!! Indesejável, talvez. Gesta-se um filho. Maternidade, paternidade, família gesta-se. Carece bagagem, amores, afetos. Faz, "re-faz", "re-mete" à história. Diz do querer, dos medos, dos planos, das inseguranças, do prazer ... da dor. Fala do sonho, do ato, do fato. Sim! Não! Nem sim, nem não. Quero! Não quero! Posso! Não posso! Devo! Não devo! Ambíguo sonho antigo. Constrói vida. Muda vidas. Cresce, "trans-forma", dá forma, "re-forma". Cria lastro, um ciclo ou um hiato. Desejo mais desejo. Desejo mais desejos! MATNAL