Andando por
essas estradas,
eu me transporto
no tempo espaço
e encontro
sabedoria pura.
Casa de adobe
pintadinha com cal,
a porta de
madeira, entre as duas janelas quadradas com trancas de tramela, esta aberta.
No banquinho
de madeira rústica, à frente da casa,
a mulher esta sentada observando a vida.
Dona Maria
Das “Dô”.
Ela me chama “prum”
café.
Eu vou.
Café com bolo
e broa de fubá
- “Discurrpa”,
só tem isso! – diz, sem jeito.
Hummmmmm...
broa de fubá.
Amo de
paixão.
Ela sabe e me
convida.
É
hospitalidade mineira da mais fina flor.
É jeito mineiro
de olhar a vida que passa na janela.
É jeito mineiro
de fazer a vida que não escapa pela janela.
Na arrogância
das minhas crises “urbanoides”,
sempre me
perguntava o que aquelas pessoas faziam da vida.
Nada, eu
pensava.
Depois de
muitas idas e vindas
de mato em
mato,
de trilha em
trilha,
de
cidadezinha em cidadezinha,
de hospitalidade
em hospitalidade,
percebi que o
que faziam era viver um dia de cada vez,
com o que se
tem
e como se é.
De conversa
em conversa, descobri que aquelas pessoas eram meus mestres no aprendizado do
bem viver.
Compreendi
que aquilo que faziam era vida,
era A VIDA,
vida da mais
nobre espécie,
vida da mais
pura qualidade.
MATNAL
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