Num vídeo que vi, bonecos diziam que estava difícil ser mineiro e que de Minas só restava o queijo.
Bem ...
"É não, moço".
O que resta de Minas?
"Ô sô🧀🧀🧀, resta só queijo, não🧀🧀🧀".
"Óia só", pensando bem, em Minas resta trem demais da conta. Qué vê só".
Restam ainda o pão de queijo, o biscoito de fubá, o café, as quitandas e o pastel de angu. Ou se preferir, tem o tutu, o tropeiro, a couve refogada, o ora-pro-nóbis, o frango com quiabo... "Vixe maria, a lista é grande, tem uma trenheira que só". Resta a hospitalidade mineira, que junta tudo isso com fogão a lenha e boa prosa em mineirês. "E, ó, vê se num recusa pra num fazê disfeita"
Resta o trem-bão e o trem de ferro, ligando cidades e histórias.
Resta o congado, a folia de reis, a marujada, a catira.
Resta a cerâmica Saramenha e a do Vale do Jequitinhonha.
Restam as cidades históricas com seus tesouros escondidos e sua religiosidade esculpida em ouro e pedra-sabão.
Restam as estâncias hidrominerais com seus banhos de lama e suas águas miraculosas.
Restam as grutas com as estalactites que escorrem do teto e as estalagmites que brotam do chão. Isso sem falar nas ossadas pré-históricas e as pinturas rupestres, literalmente, do tempo das cavernas.
Restam as cachoeiras, pelo menos, aquelas tantas que ainda não estão debaixo das águas das represas de alguma hidrelétricas. Restam as represas das hidrelétricas.
Restam as estâncias hidrominerais com seus banhos de lama e suas águas miraculosas.
Restam as grutas com as estalactites que escorrem do teto e as estalagmites que brotam do chão. Isso sem falar nas ossadas pré-históricas e as pinturas rupestres, literalmente, do tempo das cavernas.
Restam as cachoeiras, pelo menos, aquelas tantas que ainda não estão debaixo das águas das represas de alguma hidrelétricas. Restam as represas das hidrelétricas.
Restam as matas, que ainda não foram desmatadas loucamente por alguns insanos, ou soterradas pela lama de minério de alguma mineradora concupiscente.
Restam as montanhas de curvas sensuais, que ainda não foram parar no exterior.
Restam as águas minerais, límpidas e cristalinas, dos aquíferos que ainda não foram parar no Espírito Santo, depois de empurrarem o minério através dos minerodutos.
Restam o ouro, o minério de ferro, as pedras preciosas... pelo menos, por enquanto.
Restam o ouro, o minério de ferro, as pedras preciosas... pelo menos, por enquanto.
Restam as lendas das cidades, os causos contados nos bancos das praças, o prosa na calçada ou debruçado na janela aproveitando pra espia a rua.
Restam os artistas das palavras, dos sons, dos traços e das danças.
"LIBERTAS QUÆ SERA TAMEN"
Restam os artistas das palavras, dos sons, dos traços e das danças.
"LIBERTAS QUÆ SERA TAMEN"
Resta a história de luta pela liberdade.
Restam personagens de carne e osso.
Restam personagens de carne e osso.
Restam os bombeiros heroicos, que mesmo recebendo parceladamente os parcos salários, continuam salvando dezenas de vidas, nos desastres ambientais, humanos, sociais e trabalhistas, causados por quem leva nossas entranhas.
E, por fim, restamos nós, mineiros da gema, poderosos e guerreiros, que aprendemos na pele o que é RESILIÊNCIA e continuamos amando nossa Minas Gerais, UAI.
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