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Cada um voa como pode, com colchão ou sem colchão.

Oi gente!!!!

Vejam  essa!!!




Esses meninos só podem estar vivendo a síndrome do "Homem Aranha" ou a dos "mocinhos dos filmes de Hollywood" . 

Pensando melhor deve ser a síndrome dos "dublês dos mocinhos de Hollywood". 

Só pode!!!

Esses meninos são bons demais!!!!

Fazem as coisas parecerem tão simples.

Descer pelo corrimão ou subir em árvores já era.
A coisa agora é saltar entre os prédios ou escalar paredes. 

Andar pelas ruas também é coisa do passado. 
A onda agora é ir pulando de telhado em telhado. 

Impossível para eles deve ser uma palavrinha de difícil convivência.

Não consigo, deve ser uma expressão quase em extinção no vocabulário desses meninos.

Obstáculo?!?!?!?!
Existe isso????

Eles parecem voar. E com a maior naturalidade do mundo.

Tombo deve ser uma realidade tão frequente que nem deve assustar mais.

Nem sequer usam colchões de proteção.

Já as roupas desses meninos...
devem ficar em estado lastimável.

Isso me faz lembrar das mães (Upa!!!! Acabo de detectar em mim o velho e poderoso padrão machista. Seus resquícios quase indeléveis ainda insistem em aparecer. Santa Piriquita das  feministas titubeantes, help!!!).

Voltando às mães...

O coração delas deve ser dos bons. 

Acho que o meu pularia do peito a cada salto ou peripécia desse tipo que meu filhote fizesse.

Como será que vivia a mãe do Super Homem, ou a do Homem Aranha?

Acho que deviam criar uma séria de televisão:
Demetras - as mães dos supers (rsrsrsrsrs).

Demetra - fui buscar esse nome na mitologia grega. E olha que gostei dele.




Voltando aos meninos...

Eles tornam tudo tão absurdamente fácil, que eu até fico com vergonha da minha época de estudante.

Bem...

Essa história faz parte de um dos arquivos lacrados da minha vida (rsrsrsrsrsr).

Lá vamos nós....

Num período da minha vida eu me aventurei pela ginástica olímpica ou ginástica artística, como queiram. 

Claro que não foi por livre e espontânea vontade.  
Para ser bem sincera, eu precisei de muiiiitttooo força de vontade para encarar essa. 
Mas...
quando a gente ainda não cruzou a casa dos 20 e tem sonhos de futuro a gente se mete em cada uma que...

Deixa pra lá!!!

Continuando...

Durante o período, a gente aprendia alguns movimentos, praticava e depois fazia uma prova. Ou seja, éramos avaliadas de acordo com a execução de uma determinada sequência de movimentos. 
Isso valia a nota e também o nosso futuro. 

A cada aparelho uma nova emoção.

A primeira prova foi solo. 
Tranquilo. Eu tinha alguma habilidade na dança, o que me ajudou um pouco.

Segunda prova: salto sobre o cavalo. 
Sem problemas. Era rápido o suficiente para não pensar.

Terceira prova: trave.
Bem...
o chão começou a distanciar .
Ai, iai, iai.
Na trave menor tudo bem. Apesar do apoio ser apenas de 10 cm de largura, o chão ainda estava relativamente próximo. 
Depois a trave maior. Os mesmo 10 cm só que agora a uns 80 cm do chão.
Já não fiquei muito confortável mas...
saiu. 

Quarta e última prova: barras assimétricas.
Bem ...
aí a coisa começou a pegar.

O chão ficava a mais de metro de distância de uma barra e a mais de metro e meio de distância da outra. 

Xiiiiiiii.

Um giro assim outra assado, passa para a barra de cima e faz isso mais aquilo, depois troca de barra e mais outra sequência de movimentos.

Com minhas poderosas colegas dando ajuda eu até que treinei bonitinho.
Quer dizer...
até que elas me carregavam bonitinho (rsrsrsrsr) .

No dia da prova...
Bem...
Aí é outra coisa!!!!

Numa turma de 25 eu seria a de número 14 na ordem de apresentação.

Haja coração, para esperar tanto tempo, ou melhor tanta gente.

Minha frequência cardíaca aumentava a cada nome chamado.  
E quanto mais perto do mil ela chegava, menos eu prestava atenção na performance das minhas companheiras

Meus olhos estavam cobertos por uma névoa. 
Eu só conseguia enxergar as barras assimétricas. 

De repente...
vi algo passar  sobre as barras.

Será um pássaro???

Será um avião????

Não!!!! 

Era a Dri, que - literalmente - voou e foi parar no colchão de segurança.

Nos treinos, ela era bem esforçada, estava fazendo a série de uma forma bem legal. 

Antes mesmo dela aterrissar meu coração já havia rompido a barreira do som:
Tu-tu-tu-tu--tu-tu...

Se eu já não via nada, depois disso, posso dizer que quase ceguei.
Mas...
elas, as barras assimétricas ainda estavam no meu campo de visão. 
Elas compunham a imagem toda. O restante era um mero borrão.

Mais alguns nomes chamados ... 
mas taquicardia...

Chamaram a Lari, depois a El, duas amigas, ex-atletas dea ginástica. 
Como para elas aquilo parecia moleza eu acabei acalmando um pouco com a apresentação delas (quer dizer: meu coração baixou de mil para oitocentos e alguma coisa).
Mais alguns outros nomes e chamaram a Dany. 

Outra ferinha. Apesar de não frequentar o universo da ginástica, ela dominava os movimentos com muita facilidade.

Essas três compunham o grupo das minhas ajudadoras nessa série (aquelas garotas que no meu caso específico - mas barras assimétricas - quase me carregavam de um movimento para outro).

Bem...
Lá foi a Danny e... 
segundos depois...
lá veio a Danny. 
Direto, sem escalas, da barra mais alta para o colchão.
Buuuummmm!!!!
De costas.

Tombo faz parte desse esporte, com toda certeza. E o colchão está ali para garantir a segurança, mas...
conta isso para as minhas pernas, conta.

Elas começaram a tremer de um tanto que eu não conseguia contê-las.

A sala ainda estava no fervor do que acontecera com a Dany quando a professora chamou meu nome.

Em questão de segundos meu coração foi à lua e voltou.

Minhas ajudadoras, agora com outra substituindo a Dany, conseguiram me içar até a barra menor. 

Eu tremia tanto e tanto que fui enrijecendo os músculo do corpo e não me mexia mais. Minhas mão plantaram-se na barra. Eu estava agarrada de tal forma que causaria inveja a qualquer orquídea de jardim. 

Lembro de escutar a professora dizer:
_ Augusta, pode começar!

Só que eu não conseguia reagir. No máximo, a minha cabeça oscilava de lá para cá, num contundente não.

_ Augusta, pode ir, passa para a barra de cima.

Nada.

_ Você vai perder nota.

Nada. 
Eu não conseguia esboçar mais nenhum movimento, nem mesmo o do não.

Era um vazio geral na minha cabeça e um pânico total mas minhas células.

Em algum lugar na minha cabeça, umas palavras emergiam das entranhas do meu torpor:

_ Vai!

_ A gente de segura!!!

_ Vai!!!

Depois disso só me lembro quando eu já estava sentada junto a outras colegas, que me davam água. Ao longe ouvia mais outros nomes sendo chamados.


Pois é..

Eu vivi esse pânico todo e agora, esses meninos voam desse jeito, sem o menor pudor (rsrsrsrs). E sem nenhum cochãozinho para amortecer...

Tenho que reconher e admirar:
eles são mesmo demais.


Augusta

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