Domingo de Páscoa!!!
O coelhinho dessa vez não passou.
Minha mãe está viajando - já liguei e conversamos um bocado.
Minha filha, que já não mora mais comigo, foi almoçar na casa da sogra da minha irmã.
Engraçado, né???
Eu nem sabia disso.
Eu - que gosto tanto de avisar, falar o que está se passando, juntas as pessoas, enviar mensagens para um e para outro - fico sabendo o que está se passando na minha família quase por acaso.
O que será que devo fazer???
Ligar mais???
Visitar mais????
Estar mais presente??? Como????
Vários amigos responderam às minhas mensagens, com o maior carinho, nessa Páscoa; uma cunhada, um cunhado, uma ex-cunhada...
Minha filha ainda não. Nem sei se vai ligar.
À vezes sinto que ela tem uma certa necessidade de me manter à distância.
Até entendo essa fase de negação da adolescência, mas é ruim....
põe ruim nisso.
Fico morta de inveja quando vejo uma coleguinha dela, sempre junto com a mãe, para lá e para cá, no supermercado, na rua, na escola, no salão...
Creio que o sentimento é inveja mesmo - desejo muito grande de que isso aconteça comigo também.
Sempre quis que minha casa ficasse cheia com os amigos dela, para fazer trabalhos de escola, passar a noite. Gostaria que o ponto de partida para as festas fosse a minha casa.
Mas... estou acabando de crer que não vai ser nessa existência.
Quando ela era pequena eu adorava movimentar a rua, propondo brincadeiras com bola, corda, pega-pega.
Às vezes descíamos com mesa, cadeira, taças, colheres, para uma deliciosa sessão de sorvete na calçada.
Mas acho que eu curtia mais que ela. Porque, muitas vezes, sentia seu olhar de reprovação.
Na esquina de baixo, havia um salão de festas infantis. Nos finais de semana, pela manhã era comum ver grandes amarrados de balões coloridos voando pela rua. Aí era hora de sair correndo e ir apanhá-los antes que estourasse nos paralelepípedos. Num desses dias, depois de pegar os balões com mais outras duas crianças da rua, deixei-as brincando na entrada da garagem. Quando fui chamá-las para o lanche...
onde elas estavam??? Chamei assustada e ouvi ao longe umas gargalhadas por baixo daquele amontoado de balões que ocupou todo o vão da escada.
Na Páscoa o coelhinho sempre passavam por aqui, os vasos de plantas ficavam repletos de ovinhos que eram descobertos com algazarra pela manhã. Às vezes as marcas brancas das patinhas ficavam junto à janela. As cenouras que deixávamos para ele sobre a mesa amanheciam cheias de mordidas.
Como será que a gente faz para esse tempo voltar??
Quem descobrir me avisa.
Será que é quando os netos chegarem???
Feliz Páscoa!!!
Augusta
O coelhinho dessa vez não passou.
Minha mãe está viajando - já liguei e conversamos um bocado.
Minha filha, que já não mora mais comigo, foi almoçar na casa da sogra da minha irmã.
Engraçado, né???
Eu nem sabia disso.
Eu - que gosto tanto de avisar, falar o que está se passando, juntas as pessoas, enviar mensagens para um e para outro - fico sabendo o que está se passando na minha família quase por acaso.
O que será que devo fazer???
Ligar mais???
Visitar mais????
Estar mais presente??? Como????
Vários amigos responderam às minhas mensagens, com o maior carinho, nessa Páscoa; uma cunhada, um cunhado, uma ex-cunhada...
Minha filha ainda não. Nem sei se vai ligar.
À vezes sinto que ela tem uma certa necessidade de me manter à distância.
Até entendo essa fase de negação da adolescência, mas é ruim....
põe ruim nisso.
Fico morta de inveja quando vejo uma coleguinha dela, sempre junto com a mãe, para lá e para cá, no supermercado, na rua, na escola, no salão...
Creio que o sentimento é inveja mesmo - desejo muito grande de que isso aconteça comigo também.
Sempre quis que minha casa ficasse cheia com os amigos dela, para fazer trabalhos de escola, passar a noite. Gostaria que o ponto de partida para as festas fosse a minha casa.
Mas... estou acabando de crer que não vai ser nessa existência.
Quando ela era pequena eu adorava movimentar a rua, propondo brincadeiras com bola, corda, pega-pega.
Às vezes descíamos com mesa, cadeira, taças, colheres, para uma deliciosa sessão de sorvete na calçada.
Mas acho que eu curtia mais que ela. Porque, muitas vezes, sentia seu olhar de reprovação.
Na esquina de baixo, havia um salão de festas infantis. Nos finais de semana, pela manhã era comum ver grandes amarrados de balões coloridos voando pela rua. Aí era hora de sair correndo e ir apanhá-los antes que estourasse nos paralelepípedos. Num desses dias, depois de pegar os balões com mais outras duas crianças da rua, deixei-as brincando na entrada da garagem. Quando fui chamá-las para o lanche...
onde elas estavam??? Chamei assustada e ouvi ao longe umas gargalhadas por baixo daquele amontoado de balões que ocupou todo o vão da escada.
Na Páscoa o coelhinho sempre passavam por aqui, os vasos de plantas ficavam repletos de ovinhos que eram descobertos com algazarra pela manhã. Às vezes as marcas brancas das patinhas ficavam junto à janela. As cenouras que deixávamos para ele sobre a mesa amanheciam cheias de mordidas.
Como será que a gente faz para esse tempo voltar??
Quem descobrir me avisa.
Será que é quando os netos chegarem???
Feliz Páscoa!!!
Augusta
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