Fio de arame

Oi gente.

Como é bom rever amigos queridos e especiais, no caso amigas. 
Fizemos o encontro das mulheres de 4.7 e arredores.
Foi divertido.
Eu cheguei britanicamente no horário combinado, mas morrendo de medo de ninguém aparecer. Algumas ligaram dizendo que não poderiam ir - uma havia feito cirurgia para retirada de pedra nos rins (ou algum lugar por ali), a outra estava de repouso a quase 2 meses e ainda vai precisar de mais algum tempo para colocar novamente os pés no chão; a hora estava para São Paulo; a outra isso; a outra aquilo... 
O que sei é que estava morrendo de medo de ficar lá sozinha.


Mas assim que cheguei recebi o telefonema de uma que já estava me procurando. 
Depois encontrei um amigo perdido por ali e ...
não estava mais sozinha.
Foram poucas mas o encontro foi muito divertido.


Nesse grupo poderíamos formar 2 grandes sub-grupos: os das casadas e o das separadas.  
Já as subdivisões...
separadas namorando, separadas ficando, casadas com filhos, casadas com enteados, separadas namorando com filho... e por aí a fora vai.

Nós rimos, brincamos, lembramos do passado e falamos, falamos, falamos, falamos, falamos...

Como não podia faltar, o assunto girou, girou, girou e caiu no tema relacionamentos.


De tanto falatório podemos retirar algumas pérolas: 

• Quando um diz para o outro que é preciso discutir a relação (bobo de quem pensa que essa  é uma frase puramente feminina) , provavelmente é porque a relação já está irremediavelmente indiscutível.
• Se o casal vai para o restaurante e eles sabem tudo o que se passa em torno, principalmente os assuntos da mesa, cuidado!!!!  O item acima pode estar próximo.
• Lingerie de oncinha é forte indicativo de relação ruindo. Se a poderosa ainda encontra-se de quatro na sala, envolta em calda de chocolate... chiiiiiiiiiii.... aí já é a ruína total.
• Se apenas os assuntos trabalho, casa, contas e filhos estão na pauta do dia  e do outro dia, do outro, do outro, do outro... Bem acho que aí não precisa dizer mais nada, né??? 

Tenho que confessar que o tema trabalho evidenciado na relação é o meu trauma.

Quando a conversa que antes corria tanto percorrendo os mais variados e inesperados assuntos, entremeada por risadas divertidas e deliciosas carícias já não não saí mais do trabalho... ai, iai, iai, iai, iai. 

PERIGO! PERIGO! PERIGO (fez lembrar o robô da série Perdidos no espaço - lembram???)!!!!! 

É sedentarismos afetivo da mais aguçada ordem. A saúde do coração está por um triz. 

Particularmente, apesar de não existir regras, eu desenvolvi algumas teorias sobre relacionamento ou a manutenção dele:

Lingerie é sempre uma boa estratégia (claro que tomando cuidado com a de oncinha - rsrsrsrsrs). Mas é importante usá-lo no durante da relação, para manter o fogo constante, porque depois que a chama já apagou, nem a lingerie da jeito.

Cada um manter sua vida pessoal atualizada é fundamental para que haja assuntos diferentes entre o casal e também para se sentir a falta um do outro e o desejo de reencontrar aflorar.

Fazer coisas juntos - pequenas e grandes aventuras - é fundamental pois une os dois, recicla os assuntos e mantem o brilho nos olhos. Viajar para mim é uma ótima pedida, especialmente viagens inusitadas, porém confortáveis (acampamento selvagem debaixo de chuva não é para mim).

O equilíbrio é fundamental  - "nem tanto ao mar, nem tanto à terra" como diria a minha mãe. Qualquer extremo ( manter o isolamento da vida pessoal ou o contínuo e esgotante estar demasiadamente juntos ) pode ser fatal. 

Na realidade viver um relacionamento é como fazer acrobacias, indo de um lado para o outro num arame, a centenas de metros do chão: se você desequilíbrar mais para um lado o tombo pode ser fatal. Aí "bau-bau" relacionamento. Mas chegar ao outro lado ileso, após exercer o melhor de si é uma sensação de conquista deliciosa e revitalizadora. 

Bom relacionamentos.

Augusta